CEDAV

Área Acadêmica

Caso Clínico: Esclerose Multipla na Medula espinhal

Indicação clinica: Paciente feminina 35 anos com cervicalgia, sem sintomas neurológicos.

Exame solicitado por medico ortopedista, realizado sem uso de contraste endovenoso por solicitação da paciente.

Achados de imagem: Canal vertebral e forames neurais com boa amplitude. Foco hiperintenso em T2 na coluna posterior direita, sem efeito de massa, na altura de C3. Impressão diagnostica: Aspecto sugestivo de lesão desmielinizante medular postero medial. Recomendável a critério clinico estudo com contraste endovenoso e do cranio.

 

ESCLEROSE MULTIPLA NA MEDULA ESPINHAL

Esclerose múltipla e uma doença desmielinizante do sistema nervoso central relativamente comum em paciente jovem ate a sexta década. A doença pode aparecer em locais diferentes com remissão ou aumento da lesão ou lesões. Isso e a chamada disseminação no tempo e espaço.

Apresentação clínica: A apresentação irá depender do local onde a placa desmielinizante esta localizada, podendo ocasionar alteração de sensibilidade e parestesias nos membros, comprometimento do neurônio motor, sinal de Lhemirtte (sensação de choque elétrico que percorre a coluna causando flexão do pescoço) ou incontinência urinária.

Diagnóstico: Irá se basear nos achados clínicos supramencionados, exames laboratoriais e de imagem.

Critério: O critério do diagnóstico para esclerose múltipla cínico é baseado em exames laboratoriais e de imagem, de MacDonald. O diagnostico de EM pode ser feito se um dos cinco critérios estiver presente na dependência do numero de surtos ocorridos.

Exames Necessários:

  • Bandas oligoclonais no liquor
  • Imunoglobulina G no sangue
  • Potencial evocado visual alterado
  • Exame de ressonância magnética

Patologia: A etiologia ainda e indeterminada. Contudo a possibilidade de reação autoimune contra a mielina dos oligodentrocidos e degeneração tardia dos axônios tem sido postulada.

Diagnóstico por Imagem:

  • TC é um exame pouco sensível;
    As placas no encéfalo quando visíveis são hipodensas e ovoides perivenulares, com maior eixo apontado perpendicular ao ventrículo;
  • Na fase aguda algumas placas podem mostrar impregnação pelo contraste, embora isto não signifique haver sintomas clínicos;
  • Nas doenças crônicas pode haver hipotrofia do tecido nervoso;
  • RM e o exame de escolha para o diagnostico e o controle evolutivo da doença;
  • O uso de gadolínio endovenoso e importante para caracterização das placas com atividade inflamatória;
  • As sequencias FLAIR sagitais e axiais são ideais para localização das placas justa corticais e periventriculares;
  • As lesões no cerebelo e medula são melhor visualizadas nas sequencias T2;
  • Placas hipointensas em T1 na fase aguda e podem ser hiperintensas na doença crônica com atrofia cerebral.

Provável diagnóstico: Síndrome Radiológica Isolada

  • A história natural da síndrome radiológica isolada (SRI) sugestiva de esclerose múltipla ainda não foi completamente entendida;
  • Em alguns indivíduos não ocorre progressão da doença por longo período de tempo, a maioria dos pacientes com SRI tem progressão clínica ou radiológica nos primeiros anos do seguimento. O comprometimento infratentorial e da medula espinhal, bem como o número total de lesões, são mais relevantes em predizer a progressão que a presença de impregnação pelo gadolínio.

 

Envie sua dúvida ou comentário

Veja outros conteúdos